«-Não faças barulho. – Diz António.
Estava uma chave no chão. António levantou-se e foi tentar trancar a porta. E conseguiu. A chave era daquela porta.
Os homens pararam no corredor a conversar.
-Não achas que exageraste?
-Com o quê?
-Com os outros dois. Eram nossos amigos.
-Amigos!? Eles iam contar tudo à polícia.
-Talvez os conseguíssemos convencer a não contar nada.
-Agora não há nada a fazer.
Clara e António olham-se e voltam-se a abraçar.
Que estariam aqueles homens a fazer naquela casa? Seria um local de encontro? Qual seria o plano deles?
-Desta vez é o quê?- Pergunta um dos homens.
-O mesmo da última vez.
-O patrão nunca mais chega.
-Deve estar a embarcar as crianças.
-Vamos lá para baixo.
Os homens desceram e Clara soltou uma lágrima e António deu-lhe um beijo na testa.
-Vai correr tudo bem.- Sussurrou António
-António, eu quero sair daqui. – Disse soluçando.
-Calma. Eu vou tirar-te daqui. Prometo!
António levantou-se e foi em direção à porta.
-Que estás a fazer António?
-Vou tirar-te daqui. Fica aqui.
-António…
-Vai correr tudo bem.- Diz António.
Ouve-se um carro a chegar. Clara levanta-se e vai até à janela.
-António entra!- Diz Clara correndo até à porta.
-Que se passa?
-O patrão chegou.
-Ainda estão ali todos.- Diz António
-Quem?- Pergunta Clara espreitando.
-Os da nossa turma. Olha eles alí escondidos.
-Eles são doidos.
Os dois homens foram embora e só ficou o chefe. Seria esta a melhor oportunidade para ele fugirem?
O chefe olhou para a janela e Clara e António baixaram-se, mas ele viu-os.
-Anda Clara! Rápido!- Disse António puxando Clara pela mão.
António e Clara chegaram à sala e o homem estava a espalhar gasolina para pegar fogo à casa.
-Vós não devias estar aqui. -Disse o homem a António e Clara.
-Por favor, não faça isso.- Pediu Clara enquanto o homem acendia o isqueiro.
-Lamento.- Disse o homem com alguma troça.
-Deixe-a sair, por favor.- Pedia António.
-Nem pensar, mas vou poupar-vos algum sofrimento.- Disse o homem pegando numa arma.
Clara e António estavam um pouco afastados, por isso, o homem apontou a arma para Clara que estava muito assustada.
António tivera prometido a Clara que não deixaria que nada de mal lhe acontecesse, por isso, começou a lutar com o homem que deixou cair o isqueiro.
A casa começou a arder.
-António para.- Gritava Clara.
De repente ouviu-se um tiro.»
O que estão a achar? Deixem os vossos comentários. Gostam deste tipo de post de escrita? Contem-me nos comentários se querem mais ❤